sábado, 4 de junho de 2011

A Revolta da Chibata e os Bombeiros

A Revolta da Chibata foi um movimento social ocorrido, na cidade do Rio de Janeiro, no dia 22 de novembro de 1910. Neste período, os marinheiros brasileiros eram punidos com castigos físicos. No Rio de Janeiro em 2011 os bombeiros são punidos com bombas de gás lacrimogênio, balas de borracha e tiros de fuzil disparados pelo Batalhão de Operações Especiais da polícia militar (BOPE). Em 1910, as faltas graves eram punidas com chibatadas (chicotadas). O que gerou uma intensa revolta entre os marinheiros. No entanto o início da revolta ocorreu quando o marinheiro Marcelino Rodrigues foi castigado com 250 chibatadas, por ter ferido um colega da Marinha com uma navalha, após ter sido delatado por levar uma garrafa de cachaça para dentro do encouraçado Minas Gerais. O navio de guerra estava indo para o Rio de Janeiro e a punição, que ocorreu na presença dos outros marinheiros, desencadeou a revolta de mais de 2.400 marinheiros. Em 2011 os bombeiros negociavam desde março um aumento salarial, e após várias negativas do governador Sérgio Cabral mais de 2.000 manifestantes decidiram ocupar o quartel do comando-geral dos bombeiros na praça da República no centro do Rio. Em 1910 o motim se agravou e os revoltosos chegaram a matar o comandante do navio e mais três oficiais. Já na Baia da Guanabara, os revoltosos conseguiram o apoio dos marinheiros do encouraçado São Paulo. O líder da revolta, João Cândido (conhecido como o Almirante Negro), inclusive homenageado na música de João Bosco e Aldir Blanc ( O mestre-sala dos mares ) redigiu uma carta reivindicando o fim dos castigos físicos, melhorias na alimentação e anistia para todos que participaram da revolta. Caso não fossem cumpridas as reivindicações, os revoltosos ameaçavam bombardear a cidade do Rio de Janeiro. Diante da grave situação, o presidente Hermes da Fonseca resolveu aceitar o ultimato dos revoltosos. Porém, após os marinheiros terem entregues as armas e embarcações, o presidente solicitou a expulsão de alguns revoltosos. A insatisfação retornou e, no começo de dezembro, os marinheiros fizeram outra revolta na Ilha das Cobras. O líder da revolta João Cândido foi expulso da Marinha e internado como louco no Hospital de Alienados. No ano de 1912, foi absolvido das acusações junto com outros marinheiros que participaram da revolta. Já em 2011 os bombeiros que sempre salvaram vidas, agora pedem socorro.

2 comentários:

Carlos disse...

O que está por trás dos bombeiros.



Nos últimos meses venho acompanhando as manifestações que alguns bombeiros vem realizando em frente a assembléia legislativa, ali na rua 1° de março. Confesso que estive presente nas duas primeiras manifestações deste ano, mas não mais retornei. Ficava ali, parado e assistindo cinco ou seis bombeiros e PMS disputarem o microfone, tomando minutos repetitivos que pareciam nunca terminar. Cada um querendo aparecer mais que outro. Eram sempre os mesmos. Normalmente, do lado dos bombeiros, era gente que tinha seus próprios vínculos políticos com deputados e vereadores. Infelizmente gente que verdadeiramente poucas horas de trabalho dedicou ao CBMERJ.

Tempos depois, li no jornal que seis ou sete bombeiros haviam sido presos por incitar greve. Ao ver cada nome, lembrava dos panfletos que recebi em época de eleição e me perguntava, se uma instituição centenária merecia ser usada para alavancar a carreira de meia-dúzia.
Gostaria que todos vocês ao lerem os nomes dos lideres desse movimento, fossem até o Google e checassem quais não foram candidatos nas ultimas eleições.

Os três principais lideres são:

Capitão alexandre Marchesini (Candidato a deputado pelo PR)
Capitão Lauro botto (candidato a deputado pelo PV)
Cabo Benevenuto (candidato a deputado pelo PRTB)

E os dois principais PMs que discursam sempre são:

Coronel Paul (Candidato pelo DEM)
Cabo Gurgel (candidato pelo PTB)

Será que não está óbvio que essa gente quer uma melhoria pra elas próprias?

O CB Benevenuto, por exemplo, passou os últimos 4 anos lotado em um gab de deputado e depois saiu candidato.
O Capitão Marchesini, foi candidato pelo partido do Garotinho. Por que ele não cobrou do Garotinho este aumento na época que ele era governador?

Acordem. Esse pessoal nunca foi bombeiro de verdade. Todos os que ali estão só querem usar a corporação como trampolim político. Já vi vários deputados bombeiros serem eleitos e a coisa só mudou para eles.
Quando fiz minha escolha por um serviço publico, eu sabia que o salário era baixo, mas decidi ingressar pela estabilidade. Foi uma escolha minha, troquei o salário mais alto da iniciativa privada, pela estabilidade de um emprego publico. Não vou agora me vitimizar por minha própria escolha. Isso seria safadeza.

Vejo até crianças sendo levadas aos protestos. Ora, pra que alguém vai levar crianças para uma manifestação? Só se for pra servir de escudo humano, não há outra justificativa. Isso é atitude de oportunista covarde.

Óbvio que bombeiro ganha pouco. Assim como todo funcionalismo e é uma situação que ouço desde que me conheço por gente.

Vamos melhorar sim, mas não com essa turma que aí está.

Viva a Palestina- por Flávio Borges disse...

Independente dos oportunistas de plantão, não podemos negar duas coisas: 1º o salário é vergonhoso e 2ºa prisão é arbitrária.