segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Resposta ao Post do jornalista Paulo Calçade da ESPN

Parabéns pelo post, de muita sensibilidade neste momento tão difícil. Sou Flamenguista e estava assistindo a partida pela tv, quando foi noticiado a entrada da ambulância no Engenhão, a preocupação com o jogo foi substituída pela pessoa, pelo grande ser humano Ricardo Gomes, bom quanto ao placar,  nada mais justo que um empate, naquele momento que tiveram as duas equipes abaladas. E não seria exagero terminar a partida naquele momento. Força Ricardo Gomes.

sábado, 27 de agosto de 2011

Mc Roba Cena - Parado na esquina versão Ronaldinho Gaúcho a nova comemoração do Mengão

Fantástico

O ex jogador de Futebol Sócrates após apresentar melhoras, lançou essa ¨Quero Diretas já na CBF¨. É seu Ricardo Teixeira sua hora esta chegando...vamos limpar o futebol neste país de Cartolas.

Então Toma - Emicida (Videoclipe Oficial)[Vote TOP 10 MTV E TOP MIX]

Dica da semana-Emicida - Triunfo


Leandro Roque de Oliveira (São Paulo, 17 de agosto de 1985), mais conhecido pelo seu nome artístico EMICIDA é um rapper, repórter e produtor musical brasileiro. É considerado uma das maiores revelações do hip hop do Brasil nos últimos anos. O nome “Emicida” é uma fusão das palavras “MC” e “homicida”. Por causa de suas constantes vitórias nas batalhas de improvisação, seus amigos começaram a falar que Leandro era um “assassino”, e que “matava” os adversários através das rimas. Mais tarde, o rapper criou também uma conotação de sigla para o nome: E.M.I.C.I.D.A (Enquanto Minha Imaginação Compor Insanidades Domino a Arte).

Racismo em uma campanha publicitária da marca Dove, onde é colocado uma mulher negra em uma parede representando antes e uma loira em uma placa representando depois


Charge


Pérola

Mais de 100 crianças são assassinadas ou violentamente espancadas por dia, e ninguém fala nada. Sabe por quê? É porque por trás das editorias dos jornais, da televisão existe uma bicharada desgramada que dá toda essa ênfase para eles (homossexuais) 
Pastor Silas Malafaia

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Meu repúdio à Censura - FCB é um lixo, vejam abaixo o absurdo


A Federação Catarinense de Futebol vem a publico manifestar seu repudio contra qualquer manifestação ofensiva, realizada em jogos no território de Santa Catarina, direcionada ao Presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Dr. Ricardo Terra Teixeira, bem como à própria CBF.
Especialmente com relação a informações veiculadas na imprensa referentes ao clássico entre Figueirense e Avaí, válido pela Série "A" do Campeonato Brasileiro, que será realizado no próximo domingo, 28 de agosto, no estádio Orlando Scarpelli, as presidências das duas equipes também se mostraram absolutamente contrárias a este tipo de atitude por parte de seus torcedores.
A FCF ressalta que este tipo de manifestação se configura como uma infração ao Estatuto do Torcedor, cujo artigo 13-A, inciso IV, dispõe: "São condições de acesso e permanência do torcedor no recinto esportivo sem prejuízo de outras condições previstas em lei"- IV - "não portar ou ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas, inclusive de caráter racista ou xenofóbico".
O parágrafo único deste artigo estabelece que "o não cumprimento das condições estabelecidas neste artigo implicará a impossibilidade de ingresso do torcedor ao recinto esportivo, ou, se for o caso, o seu afastamento imediato do recinto, sem prejuízo de outras sansões administrativas, civis ou penais eventualmente cabíveis".
A Diretoria e o Presidente da FCF, Dr. Delfim Pádua Peixoto Filho, reiteram sua parceria e seu apoio à Confederação Brasileira de Futebol e seu Presidente, Dr. Ricardo Teixeira, que sempre foi um amigo e deu suporte ao futebol catarinense. Lembramos ainda que "ninguém será considerado culpado até o transito em julgado ter sentença penal condenatória", conforme trata nossa Constituição Federal, no inciso LVII do Artigo 5º.
A Federação Catarinense de Futebol deseja ainda que os jogos realizados no estado sejam momentos de confraternização e lazer para os torcedores, e que prevaleça o espírito esportivo, com paz entre as torcidas e destas com relação a todos os envolvidos no meio esportivo, sejam clubes, órgãos de imprensa ou entidades administradoras do desporto.

Acórdão do STF sobre o Piso dos Professores


A decisão (acórdão) do Supremo Tribunal Federal, publicada no Diário da Justiça de 24 de agosto de 2011, sobre o julgamento de mérito da ação direta de inconstitucionalidade (ADIn 4.167), torna inconteste qualquer opinião que desafie a constitucionalidade e a aplicação imediata da Lei 11.738 (Piso do Magistério), sobretudo quando observados os esclarecimentos do Tribunal na ementa da decisão, assim dispostos:
1. Perda parcial do objeto desta ação direta de inconstitucionalidade, na medida em que o cronograma de aplicação escalonada do piso de vencimento dos professores da educação básica se exauriu (arts. 3º e 8º da Lei 11.738/2008).
2.  É constitucional a norma geral que fixou o piso dos professores do ensino médio com base no vencimento, e não na remuneração global. Competência da União para dispor sobre normas gerais relativas ao piso de vencimento dos professores da educação básica, de modo a utilizá-lo como mecanismo de fomento ao sistema educacional e de valorização profissional, e não apenas como instrumento de proteção mínima ao trabalhador.
3.  É constitucional a norma geral que reserva o percentual mínimo de 1/3 da carga horária dos docentes da educação básica para dedicação às atividades extraclasse.
Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente. Perda de objeto declarada em relação aos arts. 3º e 8º da Lei 11.738/2008.
Em suma: o acórdão declara a Lei do Piso totalmente constitucional e reforça as orientações da CNTE condizentes à sua correta aplicação, recentemente divulgadas no jornal mural especial sobre o PSPN..
Sobre a possibilidade de, nos próximos cinco dias, algum gestor público interpor embargos de declaração à decisão do STF, alegando possíveis obscuridades, contradições ou omissões no acórdão, a CNTE esclarece que essa ação (muitas vezes protelatória, e única possibilidade de recurso ao julgamento) não suspende a eficácia da decisão. Ou seja: a Lei 11.738 deve ser aplicada imediatamente.
Importante reforçar que, para quem deixar de vincular (no mínimo) o piso nacional aos vencimentos iniciais de carreira, os sindicatos ou qualquer servidor deverão ingressar com Reclamação no STF, bem como denunciar os gestores, descumpridos da Lei, por improbidade administrativa.
Em relação à hora-atividade, a falta de eficácia erga omnes e de efeito vinculante à decisão não dispensa o gestor público de observá-la à luz do parágrafo 4º do art. 2º da Lei 11.738, uma vez que o dispositivo foi considerado constitucional pelo STF. Nestes casos, a cobrança do cumprimento da Lei deverá ocorrer perante o judiciário local. (CNTE, 24/08/11)

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Se fosse no Brasil teria acontecido a mesma coisa...


Enviado por Karina Kovalick - 
23.08.2011
 | 
09h15m

Japoneses não entedem porque o mundo se espanta com honestidade deles

Os japoneses estão espantados com o nosso espanto e parecem não entender o porquê da imprensa internacional ter dado tanto destaque para a história sobre os milhares de cidadãos que acharam, nos escombros da área atingida pelo tsunami, o equivalente a R$ 125 milhões em dinheiro vivo e entregaram para a polícia.
Dinheiro, barras de ouro... tudo isso encontrado em 5.700 cofres de casas e empresas destruídas pelas ondas gigantes. Para se ter uma idéia, em apenas um cofre havia o equivalente a  1 milhão e meio de reais. Fora as carteiras e bolsas recheadas de ienes, deixadas para trás na correria da fuga ou que pertenciam a pessoas arrastadas.
O tsunami de honestidade  também foi notícia aí no Brasil. A Ruth de Aquino, na revista Época, escreveu um belo artigo a respeito. revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI258868-15230,00-SEREMOS+ALGUM+DIA+JAPONESES.html
Aqui, o caso também foi notícia, mas pelo fato de ser uma quantidade muito grande de dinheiro. Mas não me lembro de ninguém aqui ter destacado a honestidade das pessoas que acharam essa fortuna. Não vi nenhum editorial soltando fogos por essa incrível qualidade dos japoneses. Nenhum político foi à TV para faturar em cima disso. Honestidade no Japão não é notícia, é hábito diário. Claro que existem crimes, roubos, assassinatos, que recebem muito destaque nos jornais por fugirem da normalidade.
Pois bem, agora o caso da devolução do dinheiro voltou aos jornais por causa da repercussão no exterior. A TV Asahi, por exemplo, fez uma reportagem sobre o espanto dos estrangeiros com a honestidade dos japoneses. www.youtube.com/watch Evidentemente, eles estão muito orgulhosos de ver o país retratado desse jeito no exterior. Aliás, os japoneses se procupam muito com o que os outros países pensam do Japão e adoram quando há notícias positivas. Estão errados? Óbvio que não.
Eu já escrevi sobre isso no blog, mas não canso de citar exemplos da honestidade, às vezes extrema, dos japoneses. Há duas semanas esqueci, no taxi, uma sombrinha, dessas que usamos aqui para nos proteger do sol escaldante do verão japonês. A sombrinha, das mais baratinhas, custou o equivalente a 18 reais e a corrida até a minha casa, o equivalente a 14 reais. O taxista só se deu conta do meu esquecimento ao retornar ao ponto de taxi, que fica no shopping. Ele não teve dúvidas, deu meia volta, veio até o meu prédio e entregou a sombrinha na portaria, sem cobrar um centavo por isso. Poderia ter cobrado os 14 reais da corrida, mas não o fez.Também já esqueci o celular e o motorista voltou quatro horas depois pedindo desculpas por ter demorado tanto e explicando que tinha pegado uma corrida para longe logo depois de ter me deixado em casa.
Quando alguém encontra algo na rua aqui, não leva para casa. Não existe o conceito de "achado não é roubado". Os japoneses pensam "o que foi perdido não me pertence". Há, inclusive, um costume muito bacana: se alguém vê algo na rua, pega o objeto e coloca com cuidado no muro mais próximo. Assim, o tal objeto não fica jogado no chão, poluindo o visual das, geralmente, impecáveis ruas japonesas. E eles sabem que os donos vão voltar para procurar o que perderam. Se estiver ali, no alto do muro, vai ser fácil enxergar. Há poucos dias, vi esse exemplo na rua onde moro e registrei na foto abaixo. Um chapéu, até bem bonitinho, foi deixado sobre uma barra de metal que demarca o limite do canteiro da rua. Milhares de pessoas passaram por ali e ninguém pegou. Quando voltei para casa, o chapéu não estava mais lá. Com toda a certeza, foi levado pelo agradecido dono. O que mais impressiona na história é que o fato só chamou a atenção da gaijin aqui, que inclusive parou para fotografar. Os japoneses que me viram fazendo isso devem ter ficado muito espantados.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Erro grotesco em cena da morte de Norma em 'Insensato Coração'

Erro no final da novela Insensato Coração

http://www.youtube.com/watch?v=FzB4cPo4JIM&feature=player_embedded

Governador assina ato que designa grupo de trabalho para a EducaçãoPDFImprimirE-mail
Seg, 22 de Agosto de 2011 18:55
Florianópolis (22/8/2011) - Nesta segunda-feira (22), o governador Raimundo Colombo assinou o ato que designa os representantes do Governo do Estado para o grupo de trabalho que vai debater a Educação de Santa Catarina. A primeira reunião deve ocorrer na quarta-feira (24). 
Fazem parte desse grupo: como coordenador, Eduardo Deschamps, da Secretaria de Educação; Luiz Antônio Dacol, da Secretaria de Estado da Administração; João dos Passos Martins, representando a Procuradoria Geral do Estado; e Herta Machado Capaverde, da Secretaria da Fazenda. O grupo conta ainda com um representante do Poder Legislativo: o deputado estadual Joares Ponticelli.
Em ofício enviado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarin (Sinte) à Secretaria de Educação, o sindicato comunicou que seus representantes são: Alvete Pasin Bedin, Luiz Carlos Vieira, Joaninha de Oliveira e Sandro Luiz Cifuentes.

sábado, 20 de agosto de 2011

Matéria da ISTO É sobre a Ideli

http://www.istoe.com.br/reportagens/152956_AS+ARTICULACOES+DE+IDELI?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage
Al Nakba em quadrinhos: o cotidiano na Palestina ocupada 

Leia entrevista com o quadrinista Joe Sacco, publicada no portal www.icarabe.org


MARCIA CAMARGOS, DE SÃO PAULO (SP)



Reprodução
Quadrinhos de Joe Sacco sobre a Palestina, no que se convencionou chamar de jornalismo em quadrinhos 

• Elogiado por Edward Said, que definiu sua obra como um ato de profunda generosidade em relação às vítimas da história contemporânea, Joe Sacco esteve presente na Flip 2011 para conversar sobre sua bem sucedida série de livros em quadrinhos retratando o cotidiano das populações submetidas à situação de guerras e conflitos.

Ao contrário de alguns colegas de ego inflado e postura arrogante, que se recusaram a responder algumas perguntas do mediador ou da plateia, o maltês que atualmente reside em Seattle (EUA), esbanjou simpatia, atendendo com a maior atenção, disponibilidade e uma paciência invejável as levas de fãs, repórteres e curiosos à sua volta. Todos concordaram que ele foi uma das figuras mais cativantes da Festa Literária de Paraty.

Também convidada para o debate Marco Zero Modernista, que abri com uma homenagem às mulheres da Primavera Árabe, tive o privilégio de conviver com ele durante os quatro dias do evento. No sábado, entre sua palestra na Tenda dos Autores, um encontro com jovens na Flipzona e a interminável fila de autógrafos, que se estendeu por mais de duas horas, Joe Sacco concedeu uma entrevista exclusiva para o newsletter do ICArabe.

Falou sobre seu processo de criação, as escolhas profissionais, os desafios de equilibrar, no trabalho de pesquisa, as memórias individuais e a realidade factual, sobre os possíveis desdobramentos das recentes revoltas no Oriente Médio e a questão de um ou dois Estados na Palestina ocupada. Sem se esquivar de nenhuma pergunta, por mais polêmica que fosse, este dublê de escritor e militante da causa dos oprimidos, de repórter e cartunista, declarou que a subjetividade é inerente ao ofício e enriquece, em lugar de ofuscar ou obscurecer a veracidade dos acontecimentos.

Em tempo: Joe Sacco tem seis livros publicados no Brasil. Na Flip ele estava autografando Palestina (Conrad) e o recente Notas sobre Gaza (Companhia das Letras). 


O que o levou a optar pelos mais pobres, pelo explorados, pelos mais agredidos, pelos humildes da terra? 
De fato, a maior parte do meu trabalho é dedicada às vítimas dos conflitos na Palestina e nos Bálcãs. Fiz esta escolha porque, em geral, estes são os sem voz, os menos ouvidos. Faço porque creio que tenho que fazer este esforço, desenhar o que vejo, manter este compromisso. Tenho a compulsão de visitar estes lugares e conversar com as pessoas para descobrir o que está acontecendo e, como cartunista, retratar a sua realidade, a forma como sobrevivem, seus dilemas cotidianos em uma situação de estresse contínuo.

Não posso julgar o impacto que isso terá, e não penso que meu trabalho vá mudar o mundo. É preciso muita coisa diferente para criar um movimento e eu faço parte deste processo que inclui cineastas, documentaristas, fotógrafos, escritores que atuam de forma independente, mas, como um todo, talvez façam diferença. Para mim é suficiente que os leitores consigam, por breves momentos, colocarem-se no lugar destas pessoas e assim compreendê-las melhor. Eu encontro gente que diz ter aprendido alguma coisa, então creio que meus quadrinhos contribuem para a conscientização e a educação.

E por que a escolha do conflito entre Israel e a Palestina para fazer dois livros em quadrinhos?
Como cidadão norte-americano, eu ficava muito contrariado ao ver que meus impostos financiavam a ocupação israelense. Como se não bastasse, via que os palestinos eram tratados pela grande mídia como terroristas em potencial. Mas quando morei na Europa, descobri que toda essa história tinha uma série de nuances, e quis ver de perto a outra versão, a versão dos próprios palestinos. Por isso viajei para lá, falei com muita gente, entrevistei pessoas e vivenciei o dia-a-dia para saber como sobrevivem numa zona de conflito contínuo.

O que mais chamou sua atenção nas suas viagens à Palestina?
O que mais me impactou foi a escalada impressionante da violência. Se na primeira Intifada os palestinos jogavam pedra e os israelenses atiravam de fuzis, agora aparecem os homens e mulheres-bomba de um lado e superjatos usados por Israel para bombardear os palestinos. O poder bélico e o aumento da capacidade de destruição são impressionantes.

O senhor está sempre presente como personagem nos seus quadrinhos, em meio às lutas e conflitos que retrata. Isso não compromete a objetividade do jornalista?
Minha ideia é justamente desmistificar a posição do jornalista. Vejo como alguns correspondentes internacionais se comportam como se fossem donos da verdade. Mas quando estamos em campo, no front, a gente descobre como é difícil transmitir algo que alguém disse ou o que aconteceu. Às vezes eu ouvia, em uma mesma família, duas versões diferentes sobre o mesmo fato, em relatos vindos de gerações diferentes. Então precisamos lidar com as imprecisões da memória individual, com as lembranças de cada um.

Por isso o jornalismo não é um processo perfeito. O repórter tem que lidar com as várias facetas de uma mesma verdade, transitar por este território áspero e espinhoso, para chegar o mais perto possível dos fatos. Em um conflito, acabamos relatando os acontecimentos que vimos através dos nossos olhos e por isso torna-se impossível descartar a subjetividade, ela é parte inerente ao processo. De qualquer jeito, vale lembrar que o desenho é sempre uma interpretação da realidade e nele o ilustrador tem a liberdade de brincar, de transportar-se de volta no tempo, transmitir sensações e uma enorme quantidade de informações.

Como vê o uso dos celulares, das modernas tecnologias para o jornalismo cidadão? 
As novas tecnologias são muito importantes, pois permitem alguém que está no meio de uma passeata, em uma situação de crise, tirar uma foto ou fazer um vídeo e enviá-la por telefone. Ou seja, elas democratizam a prática do jornalismo, porque qualquer um pode registrar uma situação, fazer imagens e em mandá-las por e-mail e em dez minutos estão na internet, disponíveis para todo mundo. Ou seja, há um lado positivo, mas também um negativo. Por mais que eu tenha várias críticas à mídia oficial, ao mainstream, pelo menos nela as pessoas têm um treinamento maior para discernir o que é real, o que está acontecendo mesmo, checar as informações etc.

Como se dá seu processo de criação?
Eu faço pesquisas em arquivos, em bancos de imagens como o das Nações Unidas e depois converso com as pessoas nos locais que visito. Escrevo o roteiro inteiro antes de desenhar. Então vou riscando do roteiro os trechos que não usarei em palavras porque eles estarão no desenho. Há coisas que não precisa mencionar porque elas estão no desenho. A vantagem do desenho é essa: não há necessidade de repetir em palavras que existe lama, nem descrever um prédio, por exemplo, pois estes elementos estarão sempre lá, quadrinho após quadrinho, em forma de desenho. Esse é o poder de síntese da imagem, de transmitir rapidamente uma informação.

A grande característica dos quadrinhos é a de transportar o leitor imediatamente para determinada situação, dar a ele a oportunidade de sentir o momento de uma maneira visual. Isso faz com que o leitor se importe mais e se relacione de uma maneira mais profunda com a história contada. Em geral levo cinco dias para terminar uma página. Notas sobre Gaza, por exemplo, tem quase 400 páginas, o que significa que levei cerca de cinco anos para concluir este livro.

Acredita que a Primavera Árabe terá algum impacto na Palestina?
Não sei ao certo. O que tento fazer, do meu jeito, é dar aos palestinos um pouco da sua própria história, mas acho que eles mesmos precisam contar a sua história. Foi uma grande experiência fazer este livro, mas creio e espero que os palestinos comecem a entrevistar uns aos outros, pesquisar e recuperar sua história.

Como você vê a solução de um ou dois Estados entre palestinos e israelenses?
Creio que o mais prático seria a solução de dois Estados. Mas não existe mais tempo para isso, pois há tantos assentados, e os números estão crescendo. Creio que no final será apenas um Estado. Fico assustado, pois algumas pessoas falam da possibilidade de um só Estado democrático, mas creio que isso tampouco funcionará. Estou meio pessimista no momento, estou esperando que alguma coisa aconteça, alguma coisa que mude o panorama de verdade.

E os refugiados, acredita que eles irão retornar?
O direito de retorno dos palestinos é um assunto de justiça. Não é tanto sobre paz. Paz significaria que os tiros seriam suspensos, que não haja luta, mas isso não significa que a justiça tenha sido feita. E no final das contas, é preciso lidar com os refugiados. Seus direitos estão inscritos na ONU. Se eles vão negociar isso de alguma forma, se vão trocar por alguma coisa, não sei, cabe a eles, e só a eles, decidir. Mas seu direito de retorno é inquestionável.

Você está prestes a lançar um novo livro que deixa de lado as zonas de guerra para explorar outros conflitos globais como o drama dos imigrantes, dos expatriados e a miséria nas grandes cidades. Por que esta mudança? 
Depois de trabalhar tanto tempo com conflitos, eu fiquei meio cansado das zonas de guerra, porque, se não vi tudo, já vi demais. Então continuo trabalhando com os oprimidos, com os deslocamentos humanos, com a pobreza extrema que também envolvem conflitos e violência, mas numa dimensão totalmente diferente. Estou buscando uma nova forma de explorar a condição humana.

O senhor já ouviu falar nos refugiados palestinos e no MST, aqui no Brasil?
Sim, eu conheço meio por alto, de alguns artigos de jornal. Aqui as tribos indígenas isoladas despertam a minha curiosidade, assim como os conflitos de terra no Nordeste e em outros lugares. Eu gostaria de saber mais sobre as pessoas lutando nestas frentes. Enfim, tudo isso pode ser tema de quadrinhos, não só meus, mas especialmente de cartunistas brasileiros.


  • Entrevista publicada originalmente no portal do Instituto da Cultura Árabe



  • E agora IDELI???

    Vamos ver se a ministra das Relações Institucionais Ideli Salvati possui força, depois da matéria  da revista Isto é sobre a distribuição de cargos no DNIT, teremos mais um caso de queda no governo. Se cuida Dilma...

    quarta-feira, 17 de agosto de 2011

    Do Blog do Prates


    CALA, E ESTUDA!

    Ouça bem a bobagem que eu li num jornal. A bobagem resultou de um Congresso de Educadores no Rio Grande do Sul. Ouça bem. Disseram, no tal Congresso, que – “Um dos principais desafios dos professores é se adequar ao temperamento dos alunos a fim de aumentar o rendimento da turma…”
    Leste bem? Quer dizer que numa turma de 40 alunos, por exemplo, e de 12 tipos diferentes de temperamento que o professor tem que se adequar a todos eles para melhorar o rendimento da turma, é isso? Ora, deixem de ser patetas, pedagogos.
    Quem tem que se adequar à aula é o aluno, ele é que tem que se ajeitar para poder seguir em frente assimilando e aprendendo.
    Professor não é terapeuta, não é de borracha plástica na mente. Além de tudo, por que os patetas que defendem a odiosa pedagogia do amor não dizem essas tolices nas escolas militares, as melhores do Brasil? O psicólogo dos colégios militares tem nome bem definido: Dr. Severidade. Mas podem chamá-lo amigavelmente de Disciplina ou de Ordem, ou mesmo de Progresso.
    Era só o que faltava o professor ter que se dividir em múltiplas funções mentais e terapêuticas para levar motivação a alunos que não querem saber dos estudos. Sim, porque quando um jovem quer aprender, ele aprende em qualquer lugar e com qualquer professor. É o aluno que faz a escola e o professor. O aluno. O “vadião” pode estar num formidável colégio que vai continuar vadio.
    O tal Congresso terminou com essa sentença – “Para aumentar rendimento, docentes têm de se adaptar ao temperamento do estudante”. O “inteligente” que disse isso nunca deu aula, não tem ideia do que seja dar aulas. Professor manda, aluno obedece; professor ensina, aluno aprende. E ponto final. Perdi meu tempo com esse assunto bobo e óbvio.
    ENGRAÇADO
    Aliás, nada de engraçado. Os patetas gastam o que não podem e depois precisam de “ajuda”, de “cursos” para saber como sair das dívidas. Como é que souberam gastar, os plastas? Ora bolas, sabem gastar? Então que se virem para pagar. E ponto final.
    MORAL
    Todos os dias, todos, sem falta, os filhos pequenos têm que ouvir de pai e mãe uma boa lição de ordem moral, todos os dias. Só assim eles podem crescer em condições de serem decentes e de se fazerem respeitar. Mas qual é o pai que faz isso todos os dias? Ou se é que fez algum dia…
    NAMORO
    Supondo que você, mulher, tenha 45 anos e estás “conhecendo” um sujeito de 48, bem de vida, bonitão e tal… E daí, vais confiar nele assim, no escuro? E se ele já bateu em mulher no passado? E por que está “solteiro”? E você vai confiar no cara, sem mais nem menos, só porque estás apaixonada? Abre olho!

    Novo calendário de reposição da SED

    Término 2º bimestre - 15 de agosto

    Término 3º bimestre - 14 outubro
    Término 4º bimestre - 23de dezembro
    Recuperação - Penúltima semana de aula
    Provas finais - Última semana de aula
    As formaturas serão realizadas após conselho de classe dos 3ºs anos.

    segunda-feira, 15 de agosto de 2011

    Uma Universidade Federal em Blumenau

    Gostaria de registrar a minha opinião sobre a vinda de uma Universidade Federal para Blumenau, mais do que um grande passo para o desenvolvimento regional e educacional, uma Federal na região do Vale, vai significar o sepultamento de uma cultura tacanha e medíocre. Enfim poderemos de vez enterrar a cultura Pseudo-germânica, tão presente nesta cidade e que tem arraigada em seus moradores a sensação de morar em um País longíncuo da América Latina que fica ao lado da Europa...eu sei que nesta cidade para muitos a América faz vizinhança com a Europa especificamente com a Alemanha, isto é, resultado da má educação e da falta de qualidade dos professores de Geografia. Mas voltando a questão primeira, a transformação desta cidade em cidade Universitária colocará os membros desta aldeia no patamar de uma cidade cosmopolita ou perto disso mas já é um bom começo.

    Escolha o seu bairro...O Rio de Janeiro continua lindo


    BAIRROS DO RIO:


    ZONA CENTRAL: 
    Estácio, Cidade Nova e Catumbi: Bairros de merda que ninguém sabe que existem - pelo menos não de nome. Ficam entre a Tijuca e o Centro da Cidade. Na verdade, as únicas provas de sua existência são o metrô e a prefeitura.
    Lapa: Historicamente ocupado por prostitutas, drogados, mendigos, travestis e cafetões. Hoje em dia é ocupado por prostitutas, drogados, mendigos, travestis e cafetões. 
    Rio Comprido: Os moradores do Rio Comprido insistem que moram na Tijuca. Como se realmente fizesse diferença...

    ZONA NORTE: 
    Andaraí: Espremido entre a Tijuca, Maracanã, Grajaú e Vila Isabel, o bairro do Andaraí teve seus momentos de glória ao ser retratado na novela Celebridade, mas, atualmente, voltou a ser o que é na realidade: porra nenhuma. Confundido diversas vezes por seus limites, seus moradores admitem morar em todos os lugares adjacentes, menos no Andaraí.
    Bonsucesso: o bairro mais mal localizado da cidade, conseguindo a façanha de ser cercado por 17 favelas, e ainda asim ser o bairro mais evoluído da Leopoldina.
    Cascadura: Possui cerca de 1527 ônibus por habitante e uma estação de trem.
    Cachambi: Também conhecido como Norte Shopping. 
    Encantado: É um bairro que não existe, está cadastrado por engano pela prefeitura. Alguns dizem que foi fundado pelo filho da Fada Madrinha.
    Engenho de Dentro: É um pardieiro onde a única coisa que presta é o recém construído Engenhão, Estádio alugado ao Botafogo. O passatempo de seus moradores é ficar fofocando na fila do Guanabara. 
    Grajaú: A definição correta para este lugar é "porra nenhuma", pois todos o consideram Grajaú um sub-bairro, mas não é da Tijuca e nem de Vila Isabel. Reza a lenda que existe uma reserva florestal por lá, mas ao que parece não passa de mais uma lenda urbana. 
    Inhaúma: Se o nome já é feio, imagina o bairro... seu maior ponto turístico é um cemitério onde pervertidos se encontram a noite para fazer sexo. 
    Madureira: O segundo lugar mais quente e zoneado do mundo. O bairro atrai macumbeiros e tias vendedoras de salgadinhos de toda cidade em busca dos produtos de "excelente qualidade" comercializados no Mercadão de Madureira (conhecido como oshopping da macumba).
    Oswaldo Cruz, Bento Ribeiro e Marechal Hermes: Quando você ouvir alguém dizer: ihhh isso é lá na casa do caralho! a coisa fica num desses bairros.
    Maracanã: É uma extensão da Mangueira, com favelas verticais chamadas de prédios. Não há nada o que se fazer lá, a opção é se tornar um dos 30 moradores que correm em volta do estádio todo dia. Basta chover e pode-se esquiar ou andar de jetsky pelas ruas alagadas do bairro.
    Méier: A capital do subúrbio carioca. Habitado por gente cafona, mas metida a descolada e moderninha. É dividido ao meio pela linha do trem, criando a noção de possuir uma metade feia e outra mais ainda.
    Ilha do Governador: A Ilha é uma espécie Niterói que fede. Se não fosse pelo aeroporto do Galeão ninguém, são, iria até lá. Como está fora do continente os moradores acham que estão em uma comunidade de elite, mas na verdade é uma Vila da Penha cercada de cocô por todos os lados.
    Lins de Vasconcelos: Local Incerto e Não Sabido – L.I.N.S.
    Olaria: Um pobre bairro que fica entre Penha e Ramos que não tem nada de especial, a não ser pelo seu famoso clube onde acontecem grandes bailes, como o Baile do Havaí e as domingueiras que aglomeram massas de toda parte da Leopoldina e seus cabelos empastados de creme. Tem também uma "praça de alimentações", a famosa 5 Bocas. 
    Irajá: Só Greta Garbo pra ir até lá ou Gilberto Gil pra inserir esse bairro horrível em uma de suas músicas. A principal atividade econômica do bairro é o cemitério.
    Del Castilho: Se resume a algumas coisas: o shopping Nova América, favelas e o cofre forte da Igreja Universal do Reino de Deus.

    Pavuna, Anchieta, Ricardo de Albuquerque e adjacências:Fazem fronteira com nobres municípios da Baixada Fluminense como Duque de Caxias, São João de Meriti e Nilópolis. A principal atividade econômica dos bairros é a indústria funerária, a exploração de serviços como a gatonet e a gato-velox e o jogo do bicho. 
    P.S.: As adjacências são lugares como Guadalupe, Jardim América, Costa Barros, Barros Filho, Acari, Coelho Neto e Parque Colúmbia, que deveriam ser cercados por grades. 
    Pilares e Tomás Coelho: Conhecida por ser sede da rebaixada Caprichosos de Pilares, que se localiza embaixo de um viaduto mais usado como banheiro masculino. Resume-se apenas em um viaduto, camelódromo e favelas. Os moradores também tentam incluir o Norte Shopping no bairro, mas na verdade fica no bairro vizinho, Cachambi.
    Todos os Santos: Duvido que você saiba onde fica!! Os moradores desse bairro têm grande dificuldade de pegar táxis, já que nenhum taxista conhece o bairro de nome. 
    São Cristóvão: Lugar feio, sujo e caindo aos pedaços. Hoje se resume à estação de trem-metrô e à Quinta da Boa Vista.
    Santa Cruz, Campo Grande, Realengo e BanguJuntamente com Cuiabá, são fornos disfarçados. Aparelhos de ar condicionado não funcionam porque derretem.

    Tijuca: Fica num vale abafado cercado de favelas habitadas por gente miserável. Composta ex-revolucionários, comunistas e anarquistas. Os tijucanos podem ser facilmente reconhecidos. São caboclos pensando ser ingleses. Sua mais nova invenção está em chamar a praça Varnhagem (também chamada de "Buxixo", pelo tijucano) de Baixo Tijuca, imitação deprimente do Baixo Gávea. Largue sua sogra por 10 minutos na Tijuca que uma bala perdida resolve seu pobrema.
    Vila da Penha: Como a Vila Valqueire é um bairro de pobre metido a rico. É cheio de casas antigas e feias. A maior diversão dos moradores é fazer caminhada no valão, Ops! a rua Oliveira Belo. Ainda existem moradores que acham que a Vila da Penha não possui favelas por perto.
    Vila Isabel: É uma reta que só tem boteco, casa de vila, outro boteco, casa de vila, outro boteco... ah, e uma porrada de pedras portuguesas soltas pelas calçadas.
    Vila Valqueire: Um bairro nos confins (realmente lá no inferno) do subúrbio habitado por uma gente muito feliz só por não estar na merda total que estão seus vizinhos Campinho, Oswaldo Cruz, Bento Ribeiro e Marechal Hermes. Se for telefonar para alguém que mora lá faz um 21... O bairro mais próximo fica várias léguas de distância. 
    Vicente de Carvalho: Dividido pelo metrô, tem o lado da favela (favela sem shopping) e o lado do shoping (favela com shoping). tem como cidadão ilustre o falecido Escadinha, traficante famoso. Assim como o binômio Tijuca-Rio Comprido, os seres viventes nessa área juram que moram na Vila da Penha, bairro "nobre"(??) das adjacências.

    ZONA SUL:

    Largo do Machado: Esse "bairro" não existe. Devia se chamar estreito do Machado. Há lá apenas uma estação de Metrô com esse nome, mas do tipo que nem tem escada rolante. Se você está num carro e fala: olha estamos entrando no Larg... já está no Catete.
    Leme: Um bairro vizinho de Copacabana, cercado de pensionistas que residem lá há mais de 100 anos, muitos bêbados e pivetes da favela local que infestam a maravilhosa praia de Copacabana.

    São Conrado: Abriga uma das maiores favelas do mundo, a Rocinha, embora os cegos moradores do bairro falem que a Rocinha é um bairro à parte de São Conrado ou ainda tentem empurrá-la para a Gávea ou mesmo pro Leblon. Todas as janelas de casas e edifícios têm vista eterna pra Rocinha. Bem, os apartamentos de frente pro mar não dão vista pra Rocinha. Só pros seus moradores que pela manhã tomam sol,  tarde assaltam turistas e à noite se acasalam nas mornas areias do Pepino.
    Copacabana: Bairro decadente habitado por funcionários públicos que andam em bandos. A área é dominada jogadores de dama e xadrez de rua. O maior hobby é fazer compras na Av. Nossa Senhora de Copacana, o Champs-Élysées deles. Consta do Guiness Book de records, junto com o Catete, como a maior concentração de quitinetes no ocidente.

    Gávea: Passagem de luxo pra Rocinha.
    Botafogo: Se botá fogo num prédio, lambe tudo. Prédios velhos, apertados, escuros e sufocantes. Paraíso da fumaça negra.
    Flamengo, Glória e Catete: Além dos mendigos e de genteafastada pelo instituto (que respondem por 98% da população desses bairros), os outros 2% são de velhos falidos, principalmente portugueses que empobreceram junto com o bairro e ex-suburbanos que vão morar lá em vilas antigas, cortiços e quitinetes só para dizerem que moram na zona sul e não precisarem aguentar horas de trem ou ônibus até o trabalho.
    Ipanema: Abriga as mulheres mais gostosas da cidade. Só que elas não moram no bairro, mas vêm da Tijuca, Méier, Campo Grande, atrás de um mauricinho com um carro bacana. O resto é só viado e praia (fechada para moradores aos domingos). Também freqüentado por lutadores de jiu-jítsu e seus pit-bulls. Parece um grande estacionamento porque o trânsito fica parado das 8 às 23h. Os moradores são todos neuróticos por causa dos buzinaços intermináveis. Já está sendo apelidado de Nova Botafogo.

    Laranjeiras: É tão ruinzinho que tem um palácio que nem o governador quer morar. Faz fronteira com lugares bonitos (Catumbi, Santa Teresa...) O filme melhor impossível com Jack Nicholson foi inspirado nos moradores de Laranjeiras que andam nas ruas se desviando de cocô de cachorro.

    Leblon: É um bairro com gente rica. Grande concentração de corruptos, colarinhos brancos e, evidentemente, políticos. Também tem cocô de cachorro.
    Lagoa: Lindo. Espaçoso. Visual espetacular. Mas por causa das duas bocas do Rebouças fica inacessível das 8 às 23 h. Conhecido como a Abaeté carioca. A lagoa tem a água escura e podre. Se você molhar as mãos na água pode escolher: tifo ou hepatite. Os moradores possuem máscaras antigás para usar durante o período de mortandade de peixes. Com assaltos freqüentes, é um veradeiro buraco negro de bicicletas.

    Urca: Único bairro aposentado do mundo.
    ZONE OESTE: 
    Vargem Grande e Vargem Pequena: São como o Acre é para o Brasil: Ninguém lembra que existe e só tem mato. Rumores sobre a existência de um parque aquático falido ou sobre uma mansão habitada por Xuxa não foram confirmados, já que ninguém conseguiu achar esses bairros para conferir de perto. 
    Barra da Tijuca: (do espanhol Baja - Baixada) Uma espécie de Brasília com praia. Habitado por emergentes e pseudo-socialites que não têm grana pra morar no Leblon ou em Ipanema, a Barra da Tijuca é um bairro que adotou o Paulista way of life, onde as pessoas ficam em shoppings a maior parte da sua vida. Pela sua distância do resto do Rio de Janeiro, é considerado por muitos como sendo uma outra cidade. O governo de São Paulo inclusive já entrou com um processo para anexar esta "cidade" ao seu território por ela ser mais próxima de São Paulo do que do Rio de Janeiro. Alguns habitantes da Barra, aliás, acreditam que moram em Miami. 
    Recreio: Uma roça de luxo, que tenta se equiparar à Barra. Habitada por emergentes que não conseguiram ir pra Barra e vão pra lá pra dizerem que moram na Barra. É como um "estepe", um "consolo" para os emergentes que não tiveram grana pra morar na Baja. A padaria mais próxima está 1 ano-luz de distância. 
    Cidade de Deus: É disputado por dois bairros: Jacarepaguá e Barra da Tijuca. Quem mora em um diz que a favela faz parte do outro bairro e vice-versa. Graças ao filme de mesmo nome (e que não ganhou nenhum Oscar também) a Cidade de Deus agora é conhecida no mundo todo, principalmente por causa dos traficantes, dos tiroteios frequentes e das drogas, como maconha, cocaína e Tati Quebra-barraco.

    sexta-feira, 12 de agosto de 2011

    O que está por trás da onda de revoltas que começou em Londres e se espalha por todo o país




    CECÍLIA TOLEDO, DE LIVERPOOL (INGLATERRA)



    Manifestante enrolado na bandeira do Brasil enfrenta polícia 

    • Tudo indica que foi uma execução pura e simples: a polícia inglesa fazia uma de suas constantes “batidas” nos bairros onde majoritariamente vive a comunidade negra em Londres procurando justamente por Mark Duggan, que, segundo a polícia, fazia parte de uma gangue. Duggan estava em um táxi quando os policiais o surpreenderam, pararam o carro e atiraram nele, a sangue frio. Não existe nenhuma evidência de que Duggan tenha atirado contra os policiais, mas segundo a polícia, ele portava uma arma e atirou. Segundo todas as testemunhas, a família, os vizinhos, toda a comunidade, Duggan não andava armado.

    O fato é que o jovem foi assassinado. Isso ocorreu na quinta-feira, dia 4 de agosto, à noite. Na sexta-feira, o bairro de Tottenham, ao norte de Londres, já amanheceu em chamas. A comunidade, informada da morte de Duggan, reagiu com ódio, foi para as ruas e começou a protestar. A polícia cercou toda a região com a cavalaria e centenas de policiais armados até os dentes com cassetetes, gás lacrimogêneo e balas de borracha. A repressão foi violenta, centenas de pessoas foram presas e feridas, mas nem assim a polícia conseguiu conter a revolta. Quanto mais a polícia batia e prendia, mais gente ia para as ruas. Uma multidão formada, sobretudo pela juventude negra passou a enfrentar os policiais atirando pedras e queimando pneus, incendiando casas e carros. Nos três dias seguintes os protestos se alastraram para outros bairros pobres de Londres, como Hackney, Lewisham e Peckham. Em Lewisham, grupos de jovens atearam fogo em carros e contêineres, enquanto as ruas adjacentes foram interditadas pela polícia; em Peckham, também no sudeste de Londres, um ônibus foi queimado, segundo uma porta-voz do serviço de transportes londrino.

    Mais de 220 pessoas foram presas acusadas de participar dos distúrbios, entre eles, um jovem de 11 anos. Estima-se que o prejuízo causado pelos danos seja superior a 115 milhões de euros.

    No distrito de Croydon, sul de Londres, um incêndio de grande proporção, aparentemente provocado por grupos de jovens, assustou os moradores. Imagens exibidas pela BBC mostravam um prédio incendiado no centro do distrito. Os bombeiros levaram mais de uma hora para conter as chamas. O local também registrou saques, confrontos entre manifestantes e policiais, além de incêndios em carros e ônibus e em outros prédios. A polícia abandonou as balas de festim e passou a atirar de verdade. Um jovem de 26 anos foi morto. Na madrugada desta terça, a violência chegou aos bairros mais centrais, como Notting Hill, Clapham, Ealing, Camden e Hampstead e apesar de a maioria dos manifestantes ainda serem negros, os jovens brancos começaram a se somar aos protestos.

    Na segunda-feira jovens em outras importantes cidades da Inglaterra, como Liverpool, Manchester e Birmingham, também aderiram aos protestos, segundo informações da rede britânica BBC. Em Birmingham, a segunda cidade mais populosa do país, pelo menos cem pessoas foram presas e dezenas acabaram hospitalizadas. Grupos de jovens mascarados destruíram lojas e restaurantes na cidade, incluindo McDonald's e uma boutique da grife Armani, além de atear fogo em carros e caixas de correio. A polícia local disse ainda que uma delegacia no centro da cidade foi incendiada.

    No início dos protestos, a polícia foi orientada a tentar negociar, já que os protestos estavam ainda circunscritos a Tottenham, e os principais prédios atacados eram ainda pertencentes à própria comunidade. Mas quando os conflitos se alastraram, os bairros mais ricos também ficaram ameaçados a polícia recebeu ordens de partir para o ataque direto, inclusive com armamento pesado. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, que havia sido criticado por estar de férias na Itália enquanto Londres pegava fogo, voltou correndo ao país e fez uma declaração ameaçando os jovens negros: "Vocês vão sentir a força da lei. Se vocês têm idade suficiente para cometer esses crimes, têm idade suficiente para enfrentar as punições", disse o premiê, numa reunião de emergência do gabinete. Cameron também anunciou uma série de medidas para lidar com a crise, entre elas a suspensão de férias e folgas de policiais, o aumento do número de oficiais nas ruas de 6 mil para 16 mil e a reconvocação do Parlamento, que está em recesso (The Guardian, 9/8).

    Depois de sofrer críticas por sua ausência, o prefeito de Londres, Boris Johnson, também resolveu suspender as férias. O grande temor é que Londres será a sede das Olimpíadas em 2012, e a Federação Inglesa de Futebol está cobrando medidas urgentes do prefeito. Na manhã da última terça-feira, a Football Association (FA) decidiu cancelar um amistoso entre Inglaterra e Holanda, que seria realizado na quarta-feira no estádio de Wembley, no noroeste de Londres, com expectativa de atrair 70 mil torcedores.

    Tudo isso fez que com as forças de segurança da capital britânica e de outras partes do país fossem em massa para as ruas. Segundo a Polícia Metropolitana de Londres (conhecida como Scotland Yard), nos últimos três dias pelo menos 334 pessoas foram presas e 69 indiciadas. Cerca de 1,7 mil policiais tiveram de ser trazidos de outras regiões para reforçar o policiamento nas ruas. "A violência que vimos é simplesmente imperdoável. As vidas de pessoas comuns foram viradas de cabeça para baixo por esta selvageria estúpida. A polícia vai fazer com que todos os responsáveis enfrentem as consequências de suas ações e sejam presos", disse a comandante da Scotland Yard Christine Jones.

    Enquanto ela declarava isso em todos os canais de TV, os tumultos explodiam no bairro de Hackney, no norte de Londres, depois que um homem foi parado e revistado pela polícia, que não encontrou nada. Em protesto, grupos de pessoas começaram então a lançar pedras e latas contra os policiais e a atacar carros da polícia com pedaços de madeira e barras de ferro. Lojas foram saqueadas e destruídas.
    Segundo a Scotland Yard, três policiais foram feridos em Hackney e dois em Bethnal Green, mas não há informações sobre moradores feridos.

    Segundo informações da polícia, os jovens se organizaram por meio do Twitter e de mensagens no celular, que agora estão sendo monitorados pela polícia na tentativa de prever onde os protestos vão ocorrer.



    Quem era Mark Duggan
    Mark Duggan era inglês e tinha 29 anos. Casado e pai de três crianças pequenas, no momento de sua morte estava sendo investigado pela polícia como suspeito de um crime. A polícia, com ajuda da “imprensa marrom”, vem tentando criminalizar a figura de Duggan, como se ele fosse um gângster. Mas segundo todas as testemunhas e milhares de pessoas que a todo momento são entrevistadas pelas redes de TV, Duggan era muito querido por todos na comunidade. Em meio a centenas de buquês de flores que a todo momento eram colocados em frente à casa de Duggan, familiares dele se recusavam a falar com os jornalistas, protestando contra a cobertura da mídia por "distorcer a verdade" e falar "todas essas mentiras" sobre Duggan. "Ele era um bom homem. Ele era um pai de família," disse um familiar ao jornal The Guardian (9/8).

    A companheira de Duggan, Simone Wilson, admitiu que Duggan era visado pela polícia, mas negou que ele já tivesse sido preso. Disse que Mark, que ela conhece há 12 anos, era "um bom pai" e "idolatrava os filhos". Os dois tinham planos de casar-se em breve e sair de Tottenham para "começar uma nova vida juntos" com seus três filhos: Kemani, de 10 anos, Kajaun, 7 e Khaliya, de 18 meses.

    Em um depoimento ao Channel 4 News, Simone Wilson disse que seu companheiro não era um gangster e que jamais atiraria contra a polícia. "Se ele tivesse uma arma – coisa que não acredito – Mark teria corrido. Mark é um corredor. Ele teria preferido sair correndo do que atirar, e isso eu digo do fundo do meu coração. Eles estão dizendo que Mark era um gangster. Mark não era um gângster. Ele inclusive nem conhece qualquer gangster ou qualquer gangue. Ele não era assim como estão dizendo."

    Um irmão de Mark, Shaun Hall, disse aos jornalistas que era "uma loucura total" afirmar que Duggan pudesse ter atirado contra os policiais: "Meu irmão não era esse tipo de pessoa. Ele não era tão estúpido ao ponto de atirar na polícia, isso é ridículo."

    Uma longa lista de mortes
    Em um artigo publicado no jornal The Guardian (9/8), o jornalista Alex Wheatte compara os conflitos em Tottenham com aqueles ocorridos em outra comunidade negra chamada Brixton, em 1981. Wheatte é negro e participou ativamente dos confrontos com a polícia nessa época. Ele ainda lembra da brutalidade da polícia e da impunidade com que agia contra os jovens negros. Os conflitos em Brixton também tiveram início com a morte de um jovem, David Moore, de 22 anos, assassinado pela polícia depois de uma perseguição na comunidade negra. Os conflitos se espalharam por três bairros, Brixton, Toxteth e Moss Side, e a polícia agiu com extrema brutalidade, centenas de pessoas ficaram feridas e outras presas. “As circunstâncias são idênticas: crise econômica, jovens sem trabalho, cortes profundos nos serviços públicos e deterioração nas relações entre a juventude negra e a polícia”, diz Alex Wheatte.

    Segundo ele, “Mark Duggan é o ultimo de uma longa lista de mortes causadas pela polícia. Recentemente o cantor de reggae Smiley Culture foi acusado de ter tirado a própria vida com uma faca de cozinha em sua própria casa enquanto estava sobre custódia da polícia. A comunidade negra inteira se recusa a acreditar nisso. O assassinato de John Charles de Menezes em Stockwell ainda intriga muita gente. A polícia sempre diz que está investigando, mas nada ocorre”.

    Governo tenta “isolar” o conflito
    Submerso em uma enorme crise econômica, envolvido em escândalos políticos de envergadura, como o caso Murdoch, ainda sem solução, o governo conservador de Cameron vem procurando de todas as formas passar a idéia de que esse é um conflito isolado, provocado por uma gangue de jovens negros raivosos e descontrolado. O vice-prefeito de Londres, Kit Malthouse, disse que a violência é culpa de um pequeno número de criminosos motivados pela ganância, e não pela conduta da polícia ou de problemas sociais mais amplos causados pela lenta recuperação econômica do Reino Unido. “Isso é um grupo relativamente pequeno de pessoas dentro de nossa comunidade em Londres que, francamente, estão procurando coisas para roubar. Eles estão escolhendo tipos de lojas específicas, porque querem um novo par de tênis ou o que for”, disse ele à rede Sky News.

    É verdade que todo jovem gostaria de ter um novo par de tênis. E deveria ter direito a isso. Mas entre querer um par de tênis e ocupar um país inteiro, enfrentando as balas da polícia, vai uma enorme distância. Mesmo porque, é muito difícil convencer alguém com uma inteligência mínima de que uma briga por um novo par de tênis possa ser a causa de tantos dias de fúria. É chamar as pessoas de imbecis, no mínimo. Mas o governo tenta convencer as pessoas mesmo assim, porque não tem outro jeito, não tem nada a dizer de concreto à população. Não tem como explicar a enorme crise econômica que vem solapando algumas das principais e sagradas conquistas dos trabalhadores ingleses, como um sistema público de saúde de boa qualidade, transportes públicos decentes, serviços de água, luz e gás que funcionam e que até pouco tempo atrás (antes da chegada de M.Thatcher ao poder) eram praticamente de graça na Inglaterra. Tudo isso vem sendo privatizado num ritmo alucinante, num piscar de olhos, talvez para que ninguém se dê conta. Esses cortes nos serviços públicos e também na seguridade atingem em cheio as comunidades mais pobres, aquelas que há anos vêm padecendo a dura vida de desemprego, miséria e abandono. Calcula-se que entre as comunidades negras, cerca de 50% dos jovens estão desempregados ou apenas fazem bicos, trabalhos precários e eventuais. O preconceito racial, que cresce a cada dia na Inglaterra, é outro fator de opressão sobre as comunidades. Os jovens negros são os mais perseguidos pela polícia e já virou anedota por aqui as constantes “batidas” policiais nos bairros negros. “Se estão em um automóvel, os jovens negros fatalmente serão parados pela polícia”, disse um homem negro de 60 anos em um programa de TV. E quase todo dia, um deles aparece morto, sem que a polícia dê qualquer explicação convincente.

    O governo procura desvincular os conflitos em Londres de toda essa terrível situação, como se fossem dois mundos distintos. Mas neste momento, em que o conjunto dos trabalhadores na Inglaterra vem se levantando e se mobilizando contra os ataques do governo, fica cada vez mais difícil cair nesse conto da carochinha. E como ocorreu em Brixton, em 1981, os trabalhadores precisam entender esses protestos como parte de sua luta contra os ataques do governo, como uma reação mais do que justificada à situação terrível em que vivem as comunidades negras, oprimidas e perseguidas de forma ainda mais brutal pela polícia do que os trabalhadores brancos. Esta é uma luta do conjunto da classe trabalhadora inglesa, portanto, cabe agora às trade-unions jogar todo o seu peso em apoio aos conflitos, somar-se aos protestos e correr em socorro das comunidades negras, exigindo que o governo pare de reprimir, liberte os presos e esclareça imediatamente o assassinato de Duggan, punindo com rigor os responsáveis pelo crime

    sábado, 6 de agosto de 2011

    Será que teremos uma Federal???


    BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff anuncia, nos próximos dias, a criação de novas universidades federais. O Ministério da Educação (MEC) está finalizando a proposta, que detalhará o valor global do investimento e a localização das instituições. Em conversas com reitores, o ministro Fernando Haddad já teria mencionado a intenção de erguer pelo menos quatro novas universidades, mas o número pode ser ligeiramente maior.
    A expansão da rede federal de ensino superior foi precedida de um levantamento, em todo país, da oferta de vagas em faculdades públicas. Esse número foi comparado com o tamanho da população. Pará, Ceará e Bahia estão entre os estados que deverão ser escolhidos para sediar as novas universidades. Santa Catarina é outro que pode aparecer na lista.
    O MEC informa que a proposta está em fase de elaboração, mas não fornece detalhes. No ministério, fala-se que o anúncio das novas instituções deverá ocorrer no próximo dia 16. Além de criar universidades, o governo deverá lançar novos campi em instituições já existentes. A expansão dará continuidade ao projeto iniciado no governo Lula, que criou 14 universidades - algumas delas a partir de desmembramentos ou da federalização de instituições já existentes.
    O vice-presidente da Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Alvaro Prata, diz que a ampliação da rede federal está em estudo no MEC. Segundo ele, o ministro já conversou com diferentes reitores:
    - O governo tem uma proposta de seguir a expansão das universidades. E está se baseando no número de alunos, na oferta de instituições públicas e federais por habitante - conta Prata, que é reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
    O mapeamento da oferta pública, segundo ele, identificou que há a necessidade de uma nova federal em Santa Catarina: precisamente em Blumenau, no Vale do Itajaí. Prata diz que foi sondado pelo ministério para saber se a UFSC teria condições de abrir um novo campus na região. Segundo o reitor, porém, a universidade está empenhada em consolidar três campi já em funcionamento, além da sede em Florianópolis. Por isso, não teria como bancar mais um.
    O vice-presidente da Andifes defende tanto a criação de novas universidades quanto a liberação de mais verbas para as atuais 59 instituições federais em funcionamento:
    - Entendemos que a expansão das universidades não está terminada. É preciso dar sequência a esse projeto. As universidades existentes precisam ter condições de consolidar a expansão.